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  • A última música

    segunda-feira, setembro 24, 2012


    Já passou da meia noite e você aí pensando na vida, repeti pra mim mesma de frete ao espelho. Tudo passou tão rápido como o tic-tac do relógio, menos a minha dor. Segue seus conselhos, mas do que adianta segui-los e não acreditar no que se esta lutando? Vai levanta daí garota, mostre pra eles, você não é o que pensam. É só acreditar em si mesma, vamos lá tenha um pouco de fé. Essas palavras viam como bombardeio em minha mente, eu estava paralisada sem saber ao certo o que tinha acontecido, ouço um barulho no corredor, quando vi minha mãe abriu a porta do quarto e me viu sentada perto da janela em frente ao espelho. O olhar dela era de pena chegou pertinho de mim e me deu um abraço bem forte, me fazendo esquecer, por um momento que nada mais importava, além deu e ela. 

    Estava passando por uma fase complicada, não era aquela da adolescência, já passei por isso há muito tempo. O problema era as minhas diferenças, por vezes tentei ser uma pessoa compreensível, digamos que boazinha demais com os outros e isso nunca dava certo, pois eles se aproveitaram deste meu lado frágil. Tentei de tudo para parecer normal, mas chegava uma hora, um simples detalhe me fazia diferente de todos. Foi numa cidade do Sul que reaprende a admirar as outras pessoas, na minha antiga cidade tudo era complexo, tentei fazer amigos, mas não dava certo. Nesta nova cidade tudo começou bem, de cara fiz um amigo: acredite, pela primeira vez fiquei feliz em ter um, ficamos tão próximos que formamos uma banda com mais dois amigos, chamada “Os Stolens”. Fizemos sucesso na faculdade e finalmente eu me sentia integrada aquelas pessoas, eu não precisava fingir quem não era e eles gostavam de mim, isso era incrível.

    No meu quarto, tinha um cantinho especial, minha escrivaninha. Nela continha todas as minhas anotações, músicas, enfeites e principalmente meu diário, era uma agenda velha, meu avô tinha me dado de aniversário de dez anos e nela eu guardava/compartilhava tudo o que acontecia comigo, especificando os meus sentimentos. Quem ler com certeza irá chorar, uma boa parte era sobre tristeza, era difícil falar sobre algo que me fazia bem, mas a partir de agora isso vai mudar, sorri em direção a janela vendo o pôr do sol maravilhoso e tratei de imediato relatar os momentos felizes que estavam acontecendo.

     Passou-se um semestre e eu nem acreditava que minha vida havia mudado completamente, até um sentimento novo surgiu. Cantado juntos na banda, fui conhecendo cada vez mais o Henry, ele também era compositor e dono de uma excelente voz que particularmente mexia com meu psicológico. Todas a tardes depois da aula íamos para um galpão abandonado para ensaiar e compor músicas, teve uma que ele fez especialmente pra mim dizendo o quanto era especial e significava pra ele, que tinha vontade de me sequestrar e me levar pra longe, um lugar só nosso. Foi nesse dia que caiu a ficha, meu coração nunca esteve tão disparado e esperançoso. Logo mais no show a noite não é isso que eu descubro, na segunda música da abertura de uma festa ele dedica àquela música que tinha feito pra mim a outra garota e eu vendo tudo àquilo de perto. Neste momento não me concentrei mais, fiquei nervosa, não sabia se continuava tocando ou saia dali correndo. Que indecisão e as lágrimas vinham cada vez mais fortes, tentava me conter, disfarçava mais não tinha jeito, todos haviam percebido e o Henry olhou pra mim com aquela cara de pena. Fui forte por aquela hora, quando o show terminou, sai imediatamente do palco e ele veio logo atrás de mim, segurou em meu braço e queria explicar o porque de ter dedicado aquela música, mas eu não queria ouvir, foi neste momento que a tal garota aparece o chamando de amor e o beijando. Fiquei paralisada. Dor e raiva eram me expressavam naquele momento, pra conseguir sair daquele transe de paralisia, me cortei com o anel, saindo o mais depressa daquele lugar.

    Volto pra casa e cá estou eu de frente ao espelho tentando entender, me entender. O que há de errado com você? Repeti incansáveis vezes me recostando no travesseiro. Rasguei da agenda aquela falsa felicidade, se não consegui ser feliz daquele jeito, iria encontrar outra forma de felicidade, agradando a mim primeiramente. Tomando cuidado com certas frases de amor e juras fajutas, “nem tudo que é reluz é ouro meu caro”. Deixo anotado: Não tente procurar o amor, seja laçado por ele. Sua felicidade é você quem faz. Vai abre um sorriso... Parabéns você já deu o primeiro passo.

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